Cidadania e responsabilidade empresarial

A convite do empresário e amigo, Ted Lago, visitei o Instituto de Cidadania Empresarial, que ele está presidindo, para conhecer os trabalhos que ali estão sendo desenvolvidos, como fomento da prática da responsabilidade social empresarial, e do desenvolvimento sustentável, local.

O ICE-MA realizará, no próximo 03 de junho, terça-feira, um Fórum de Debates com o tema: “Reciclagem de resíduos: articulação setorial para educação ambiental e geração de trabalho e renda”O evento, que terá início às 9:00h da manhã, acontecerá na Faculdade de São Luís, no bairro Renascença, e terá como palestrante, em seu tema central, o professor Dr. João Tinoco, da Universidade de Viçosa, Minas Gerais. Serão, ainda, palestrantes, os Drs. Severino Lima e Bertrand Sampaio, da AVINA, que abordarão o tema: Formação de Cooperativas. E Umberto Teixeira, do Ministério das Cidades, que falará sobre: Captação de recursos para negócios sustentáveis e projetos de educação ambiental. Haverá, ainda, na parte da tarde, painéis sobre resíduos de construção e demolição; resíduos plásticos; resíduos de papel: resíduos orgânicos, representando experiências institucionais e empresariais, locais, abrangendo Sinduscon, Vale, Alumar, Recimar, Coelce, Ascamar. Uma mostra de recicláveis acontecerá no encerramento.    

Fundado no ano de 2001, o ICE-MA, atualmente com 53 associadas, integra uma rede nacional de instituições que agregam empresas comprometidas com uma leitura dinâmica e ampla, da realidade nacional, regional e local, com o compromisso empresarial de agir sobre essa realidade, visando contribuir para sua transformação social, positiva, com o foco no desenvolvimento sustentável, em parceria com o setor público.

Essas instituições, que funcionam como um sistema, entre si e entre as empresas que as integram, elegem estratégias de ações, promovem trocas de experiências durante o processo de suas execuções, auxiliando-se, mutuamente, na construção de uma prática de responsabilidade social, empresarial, que vem amadurecendo, como uma resposta aos apelos de parceria público privado, tão demandados por nosso país, tão incentivado pelo governo do presidente Lula.

Como uma rede de fomento de novas práticas de compromissos com a responsabilidade social, empresarial, os ICEs buscam construir e alimentar suas redes locais de parceiros privados, através de organizações não governamentais, visando instrumentá-las, com recursos materiais, para que  possam cumprir com os objetivos dos projetos que executam, dentro da linha de ação prioritária, por eles traçada.

As empresas constituem a rede de associadas. As instituições públicas e as organizações não governamentais constituem a rede de parceiros. Dessa maneira, sob uma inspiração, de certa forma, holística, por envolver uma compreensão globalizante, e situar a ação empresarial dentro de uma visão sistêmica – onde os fatos sócio-econômicos guardam uma relação de interdependência, com o foco principal no homem – a existência dos ICEs constituem um foco longo e denso de luz sobre a realidade nacional, estadual e local, alimentando esperanças de um futuro mais justo e solidário, para os cidadãos de nosso país.

Os Institutos de Cidadania Empresarial, no meu modo de entender, movem-se para o cumprimento de duas missões especiais, de fundamental importância para o comprometimento, como cidadão, que o Mundo contemporâneo está a exigir de todos os que habitamos o nosso Planeta.

A primeira, de caráter intrínseco, objetiva sensibilizar os empresários e suas empresas para o grande e transformador papel que podem exercer na comunidade, como agentes indutores de mudanças, que podem alterar a realidade sócio-econômica e ambiental do universo onde se encontram instaladas, a ponto de inviabilizar suas próprias subsistências.

A segunda, de caráter extrínseco, objetiva o fortalecimento da consciência cidadã, em comunidades mais carentes; a elevação da auto-estima de seus moradores, através de ações inclusivas que envolvem a educação, o exercício de atividades artísticas, para o público infantil; a formação dos jovens cidadãos como agentes de mudanças, num Mundo em transformação, elevando-lhes a consciência crítica, a capacidade de ler e interpretar cenários.

A formação de novos líderes empresariais, com visão de responsabilidade social; o estímulo à prática do voluntariado, como contribuição cidadã, a realização de seminários, para discussão de responsabilidade social, têm sido instrumentos de ação do ICE-MA, no cumprimento de suas missões, buscando envolver o setor público e sensibilizá-lo para a construção de políticas que contemplem certas necessidades sociais que estão a reclamar atenção mais urgentes.

Pela facilidade de promoverem estudos, de levantarem dados, compilando-os e confrontando-os com os dados do país inteiro, os ICEs, representam excelentes interlocutores para o poder público, nos três níveis, podendo ser parceiros de projetos e ações da maior complexidade, ajudando a construir políticas públicas mais adequadas à realidade, mais próximas do interesse da população, de menor custo e mais ágeis, consolidando uma prática que esperamos ver transformada em uma cultura de responsabilidade social, como parte de nosso compromisso com a sustentabilidade de nosso Planeta. As palavras firmes e tranqüilas de Ted Lago, e de Deborah Baesse, supervisora de projetos, traduzem entusiasmo, competência e esperança. Amar a cidade é agir com responsabilidade social. É preciso amar a cidade.

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