Conversando com estudantes

Palaestra GEIANa última segunda-feira, dia 10 de setembro, a convite do professor Givanildo, estive na I Escola Batista Ludovicense, para proferir palestra a estudantes do 1º, 2º e 3º anos, do curso médio, daquela escola, sobre o tema “literatura e cinema”.

O professor, que ensina a disciplina português, casualmente assistira a palestra que proferi, com o mesmo tema, na Semana GEIA de Literatura, em São José de Ribamar e, ali mesmo, me convidara para esse encontro.

Foi muito gratificante poder conversar, por mais de 1 hora, com uma grande turma de jovens interessados, atentos, sobre as peculiaridades de cada uma dessas duas formas de manifestação artística, em suas linguagens, em seus recursos, em suas pluralidades. Conversa que se desenvolveu sob a atenção permanente e participativa do professor Givanildo e da professora Nagla, que ensina literatura naquela escola.

 

Refletimos, de forma ampla, sobre o universo das duas artes. O cinema como realização coletiva. A literatura como forma de realização solitária. O cinema como imagens em movimentos, com luz, cor, som, cenários, figurinos explícitos. A literatura como sentimentos condensados nas almas das palavras. A literatura precedendo o cinema, em muitos séculos. O cinema se valendo da literatura, sempre; se valendo de outras artes, como a dança e a música, por exemplo.

Em ambas as formas, a vontade, o desejo de expressar a realidade, recriando seus fatos, registrando-os, sempre sob a ótica subjetiva de quem narra (escritor ou roteirista), buscando produzir emoções em quem por elas se deixa conduzir.

Foi necessário falar de movimentos, de tempos, da necessidade de estar atento, acompanhando os fatos dinâmicos de um mundo que não pára e não inclui os que não conseguem ver seus movimentos.

Muitas indagações que procurei responder com objetividade, sobre literatura, cinema, sobre meus trabalhos literários, os filmes que realizei. No final, deixei-lhes meu compromisso de, dependendo de seus interesses, voltar para ministrar um mini-curso sobre Fundamentos do cinema, e ajudar-lhes em uma realização, com câmera amadora, para fixação das técnicas e para despertar-lhes o gosto de realizadores.

Agradeço a oportunidade de ter ali estado e podido falar para uma platéia tão especial. Agradeço ao professor Givanildo, à professora Nagla, e à direção da Escola por ter permitido, no espaço da igreja, que pudéssemos conversar sobre coisas tão importantes.

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