Aos amigos, admiradores e companheiros de jornada política
Recentemente, duas importantes mudanças aconteceram em minha vida, e reorientaram a trajetória de minha jornada cidadã.
Considero importante posicionar-me sobre elas, como resposta a indagações que essas mudanças suscitaram e possam estar suscitando, ainda, em muitas pessoas.
Ao fazê-lo, o faço em respeito aos amigos, admiradores, leitores e eleitores que, ao longo de minha trajetória de jornalista colaborador, de escritor e de político, têm acompanhado meus textos jornalísticos, minha produção literária, meus mandatos eletivos; inspirando-me, dando-me as mãos de companheiros, e me incentivando para o percurso dessa jornada.
Uma das mudanças aconteceu com a extinção da coluna “Hoje é dia de…”, no Caderno Alternativo, do jornal “Estado Maranhão”, onde assinava, aos domingos, artigos e crônicas, ao longo de mais de trinta anos.
A decisão de extinção da coluna foi informada, pelo Chefe de Redação do jornal, por e-mail, cordial, sumário e único, dirigido a todos os acadêmicos que, como articulistas, se alternavam, diariamente, naquele espaço: Jomar Moraes, Joaquim Itapary, Sálvio Dino, José Ewerton, Sebastião Duarte e Ivan Sarney. As razões estavam ali explicitadas: “A nova reforma gráfica e a redução de custos”.
Tomei aquela decisão como definitiva. Não fiz qualquer questionamento. Aceitei, com pesar, aquela ruptura, e contive minha tristeza interior. “Nós nos agitamos, Deus nos conduz”.
Não foi, portanto, uma decisão minha (nossa) deixar de escrever no Estado Maranhão. A decisão foi da diretoria do jornal. Para mim, não coube questionar, nem julgar.
A oportunidade de integrar a equipe de articulistas do Jornal Pequeno aconteceu três semanas após o e-mail que nos comunicou a dispensa. Um encontro casual, uma conversa, com o companheiro Lourival Bogéa, selou nossa concordância e meu compromisso de escrever às segundas-feiras. “Deus, quando fecha uma janela, abre uma porta”.
No artigo “Seguindo as mutações da vida”, (primeiro artigo que publiquei no Jornal Pequeno) reproduzido, também neste site-blog, expressei reflexões essenciais e definitivas sobre essa questão.
Estar articulista, no Jornal Pequeno, significou, para mim, um julgamento moral. Além disso, abriu diálogo com um novo público, diversificando e ampliando o espaço de comunicação de minhas ideias e, de certa forma, projetando um cenário de muitas cores e formas para meu futuro.
A outra mudança foi a troca partidária que realizei. Estava filiado ao PMDB, onde permaneci por vinte anos, cumprindo três mandatos de vereador, sempre em harmonia com o partido, onde construí amizades e parcerias; onde fui considerado e considerei, tendo participado da Executiva Municipal e da Estadual. Cultivo respeito e consideração por seus dirigentes estaduais: senador João Alberto, Remi Ribeiro, deputado Roberto Costa.
Minha saída deu-se em função de uma decisão de vir a ser candidato a vereador, por São Luís, em 2016. A análise de minhas possibilidades de êxito, no PMDB, indicou que seriam remotíssimas, pelas coligações partidárias possíveis, estando sem mandato. Essa foi a única motivação. Tal decisão foi harmoniosa, e teve a compreensão do partido. Sou grato por essa compreensão, também.
Minha escolha partidária foi o PTB, um partido com tradição histórica que, no Maranhão, está sob a presidência do Deputado Federal Pedro Fernandes, amigo de longas datas, que admiro por suas posturas firmes, determinadas e éticas.
O vereador Pedro Lucas, presidente municipal do partido, será o único vereador, no elenco de pré-candidaturas que ali estão sendo desenhadas. A previsão do partido é eleger três vereadores, com legenda própria e coligação.
Minha chance eleitoral, portanto, poderá ser grande. Por enquanto, somos todos, em todos os partidos, apenas pré-candidatos. Estou, portanto, pré-candidato a vereador por São Luís, em 2016.
O PTB é um partido de centro, dialogando com todas as correntes partidárias e todas forças que interagem no Congresso Nacional e no Executivo, buscando resultados proativos para o país e os estados que o integram.
Eram essas as considerações que precisava fazer, pedindo aos amigos, admiradores e companheiros de jornada, que ajudem a dirimir dúvidas de pessoas, quando necessário for, e estejam comigo nessa nova fase de minha vida.
Ivan Sarney
Este fato não deixa de ser um grande sinal de mudança na política do Maranhão, se encaminhando para novos tempos
Um momento mais justo, mais crítico, mais libertário, em todos os sentidos.