Cidadania e direito de votar

eleitor e votoNovamente, a população brasileira irá às urnas, no primeiro domingo de outubro. Este ano, no dia cinco, para eleger prefeitos e vereadores, em todos os municípios. São as eleições municipais, que acontecem a cada quatro anos, alternadas com as eleições estaduais e federais. Dessa maneira, somos instados a exercer o direito do voto a cada dois anos, num exercício democrático sem precedentes na história de nosso país, mas de extrema valia para a consolidação de nossa democracia representativa.     

A força do regime democrático reside, exatamente, nas eleições, no exercício habitual de votar, o que deve constituir um orgulho para cada cidadão. A democracia é o governo da representação popular. E o povo participa, na  democracia, de várias formas. As mais consistentes são: votando e sendo votado. Sendo votado, porque o Estado moderno já não tem governantes designados por Deus, como se intitulavam, a si e a seus descendentes, os reis, nos regimes absolutistas.

No Estado moderno, os governantes são cidadãos do povo, eleitos por tempo determinado, para desempenharem um mandato, em nome dos cidadãos que os elegeram. O governo, então, é mesmo do povo, porque são cidadãos do povo que são eleitos para representá-lo. É mesmo pelo povo, porque são cidadãos do povo que os elegem. E é para povo, porque o objetivo final das ações do governo é o próprio povo.

Aí está materializada a importância do voto, como um instrumento de mudanças, que o povo sempre pode e deve lançar mão, buscando eleger governantes que possam representar anseios da população, contribuindo para o aperfeiçoamento do processo democrático, e para melhorar as condições de vida, da comunidade inteira.

É muito importante que o eleitor possa procurar saber em quem está votando, para quem está dando o direito de representá-lo, durante aquele período do mandato. Essa busca de informações sobre o candidato pode resumir-se a algumas questões, mas é importante saber o que ele fez anteriormente; qual a sua formação; qual o seu compromisso de vida com os outros, com o social, com os problemas do seu tempo. O que ele fala, o que ele escreve, o que ele faz. Quem são seus aliados políticos. O que ele já fez no exercício de algum mandato eletivo.

Enfim, é muito importante que o eleitor exija de si mesmo, antes de decidir em quem votará. O voto tem de ser o da convicção, o do convencimento pessoal do eleitor, após criteriosa avaliação dos candidatos.

O dinheiro que, por acaso, venha a ser esbanjado por qualquer candidato, não deve ser um ponto positivo, no julgamento do eleitor. É claro que aqueles que têm mais dinheiro acabam chegando mais longe, no contato com cabos eleitorais, com os próprios eleitores. Mas isso, que pode ser bom para meia dúzia de eleitores desavisados, é péssimo para a democracia, pois sujeita a livre escolha do cidadão aos desígnios perversores do dinheiro fácil, além de quase sempre beneficiar candidaturas, quase sempre, poucos comprometidas com o exercício de uma atividade política saudável e construtiva.

Com a liberdade de informação e a expansão dos veículos de comunicação de massa, o cidadão, de um modo em geral, está muito melhor informado sobre tudo o que se passa no mundo inteiro. Essa é uma grande vantagem do cidadão de hoje, sobre o homem de trinta anos atrás. O cidadão está mais crítico, mais participante, porque está fazendo parte de um mundo em que a comunicação o atinge em todos os locais, mesmo que ele não se disponha a receber as informações, de bom grado.  

O eleitor precisa estar muito conscientizado da importância do seu voto, para que outros não se aproveitem dele e o façam votar em pessoas despreparadas, mal intencionadas, sem rumos políticos e comprometidas apenas com os seus negócios, seus interesses pessoais.

É o voto que legitima a representação popular. E o voto, como instrumento de mudanças, pode ser encarado como o voto por escolha de mérito, considerando, principalmente, a pessoa do candidato e seu conceito público.

A hora de votar deve ser a hora do acerto de contas do eleitor com candidatos que pretendem a reeleição, transformando esse voto numa espécie de julgamento, onde se aprovará ou rejeitará sua atuação parlamentar. Deve ser também um momento criterioso de escolha dos novos nomes, procurando sempre o convencimento de que aquele escolhido tem preparo, e pode representar bem os nossos sentimentos de uma sociedade melhor. São os agentes políticos que têm o dever e a responsabilidade de conduzirem os rumos da sociedade, avalizados pelos sentimentos do povo.

Nas eleições municipais o que deve prevalecer são os temas, os interesses dos municípios, com suas questões locais de planejamento urbano, de transporte, de segurança pública, de saúde, de educação, de recursos naturais, com ênfase aos recursos hídricos e aos ecossistemas que os caracterizam, com a geração de emprego e renda, com o desenvolvimento sustentável.

Essas questões essenciais devem estar presentes nos debates, na consciência crítica da população, no compromisso dos candidatos.    

Faça do seu voto um instrumento de mudanças construtivas para todos. Amar a cidade é escolher bem seus governantes. É preciso amar a cidade.

2 thoughts on “Cidadania e direito de votar

  • 20 maio, 2008 em 11:44
    Permalink

    Prezado Ivan Sarney,
    Sempre fui sua eleitora, pois sou conhecedora e testemunha da sua excelente atuação parlamentar sempre pautada na ética, transparência, credibilidade, respeito, dedicação, competência e acima de tudo pela sua preocupação com São Luís e com todos os habitantes da nossa cidade.
    Prova disso é que mesmo na condição de suplente você sempre possuiu preocupação em elaborar projetos, indicações e leis que fossem benéficas a todos nós ludovicenses, como a Lei das Artes Plásticas, Lei do Autor Maranhense e ainda a magnífica lei que determina que as empresas que prestam serviços essenciais de fornecimento de água, luz, telefone, no Município de São Luís, ficam obrigadas a emitirem contas de serviços em braile.
    Essa crônica (Cidadania e Direito de votar) publicado no último dia 18 de Maio na sua
    Coluna “Hoje é dia de…”, no jornal O Estado do Maranhão, só veio fortalecer e confirmar sua índole.
    Posso dizer com certeza e sem vergonha que enquanto cidadã sempre tive o orgulho de exercer a minha cidadania escolhendo meu representante a vereador que nunca me decepcionou e ao contrário, só tenho orgulho de dizer que meu vereador é IVAN SARNEY!!!
    Obrigada por ser um excelente parlamentar, escritor, contista, artista plástico, advogado, administrador de empresas, teatrólogo e cineasta!Te adoro!!!Que Deus continue iluminando e dando forças para desempenhar sua função tão bem,como sempre fez!!!
    Sendo publicitária, adoro fazer sua propaganda, pois tenho convicção que és especial e merecedor!!!Sempre digo, sou 100% Ivan Sarney!Todo esse meu carinho, até me inspirou a fazer um jingle:
    Se não existisse Ivan Sarney, São Luís viveria na escuridão,
    Mais como ele existe, meu povo, eu vou votar nele de novo!!!

    Atenciosamente,
    Safira Geovanna
    Publicitária
    É preciso amar a cidade!!!

    Resposta
  • 26 maio, 2008 em 21:02
    Permalink

    Concordo plenamente com vc meu nobre parlamentar.E nós agnetes políticos temos e muito a contribuir com a população q muitas das vezes desprovida de informção a respeito dos q eles elegeram, as mudanças nessessárias em qualquer sociedade só acontecerão se o individuo tiver participação. parabéns pelo texro meu amigo Ivan Sarney.

    Resposta

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