O tempo é, mesmo, senhor da razão

Brasil Novo

Certa vez, uma pessoa de muita expressão em seu grupo político, refletindo sobre uma pretensão de disputa eleitoral que eu lhe expusera, disse-me, com certo desprezo à ideia: “Que eu não era um político; que eu era um poeta, um sonhador, um intelectual”. Claro que a resposta dele foi negativa, o que obstou minha intenção.

Dentro de mim, antes desse episódio, sempre soube e entendi que eu não era “político”, pelo menos na tradicional concepção de “ser político”, com que eu estava sendo conceituado.

Dar as mãos aos adversários e elogiá-los; votar projetos que beneficiavam proponentes opositores; não subir à tribuna, nem escrever artigos para denegrir contrários; alimentar relações de amizade com adversários que não eram meus.

Todos esses, inaceitáveis, comportamentos eu tinha, como vereador. Por isso, então, eu não era “político”!

Desde aquele dia, cunhei uma frase e passei a divulgá-la, em meus artigos, dizendo que “a política precisa dos poeta, dos filósofos, dos sonhadores, dos intelectuais, para ser altiva e realizar o bem comum”.

Continuo não sendo e não serei “político” naquela acepção que, hoje, está sendo triturada, por um sentimento de uma nova sociedade, de uma nova Nação.

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