Contagem regressiva

Na próxima terça-feira, dia 09 de outubro, às 19 horas, no Convento das Mercês, estarei realizando o lançamento do livro, de minha autoria, Uma cidade no tempo. Um livro para melhor conhecer e amar São Luís, como afirma o apelo do cartaz promocional que o está divulgando, assinado pela AB-Propaganda e Marketing.

O lançamento acontece após a veiculação, por quarenta dias, de uma competente campanha promocional, multimídia, desenvolvida pela equipe de marketing do sistema Mirante de Comunicações, envolvendo a televisão, este jornal e o portal imirante. Meus agradecimentos a todos os que participaram desse processo.

Este artigo, de caráter essencialmente informativo, tem o objetivo de ilustrar e convidar meus amigos e leitores a prestigiarem esse evento, com o brilho de suas honrosas presenças. Lançamento de livros são sempre muito tensos para autores, mesmo consagrados, o que não é o caso. Ansiedades, tensões, nervosismos, marcam as dúvidas sobre a presença de público, os brancos de memória, por vezes, no momento de autógrafo.

Afinal, os leitores me incentivaram a reunir, em livro, as crônicas que venho publicando, neste espaço, refletindo e retratando a cidade de nossa infância e juventude, por considerarem que seria uma grande contribuição às gerações que sucederam a nossa; aos que vieram aqui morar; aos que estão aqui chegando, e aos que virão, depois de nós.

As crônicas reunidas têm um conteúdo evocativo, focado para recompor faces, imagens, cenários de época, situando pessoas e fatos. Escritas para resgatar valores que ficaram esmaecidos pelo tempo, nos quadros de nossa memória, e que integram nossas tradições culturais.

O livro, então, é uma coletânea de sessenta crônicas, que foram seqüenciadas tematicamente, dando-lhes uma densidade maior, e facilitando o encadeamento de emoções que estavam irmanadas por seu conteúdo, mas que haviam sido produzidas e publicadas, no jornal, em tempos diferentes e, muitas vezes, distantes.
O fato de todas as crônicas estarem seqüenciadas, por identificação temática, ensejou-me a omissão intencional das datas de suas publicações, no jornal, mencionando apenas o período em que todas elas estão situadas, em texto assinado por mim, na abertura do livro.

A escritora e amiga, Arlete Machado, a meu convite, ocupou-se da revisão, da definição da capa, da editoração propriamente dita. O amigo, poeta, Nauro Machado produziu o belo e telúrico texto de apresentação, além de debruçar-se sobre a revisão dos textos. O poeta, amigo, Alex Brasil ajudou-me na revisão, na digitação, na editoração, no estímulo permanente, na cessão de equipamentos, de pessoal, do espaço de sua agência de publicidade. O jornalista Herbert de Jesus fez a revisão profissional, exaustivamente, em todos os textos.

Dei ao livro que nascia o nome de uma das crônicas que o compõem: Uma cidade no tempo. Essa crônica, que é a primeira do livro, fala das cidades que eu vi, no curso de minha vida, situando-as em fases de minha percepção, de meu modo de sentir e refletir a realidade. Fala das cidades de São Luís que foram se sucedendo, das transformações sofridas, até os dias atuais.

Quando a capa estava pronta, tendo por motivo um detalhe de uma tela de um dos nossos mais expressivos artistas plásticos que é Jesus Santos, decidi acrescentar o nome São Luís, como epígrafe, para avisar, aos futuros adquirentes, a qual cidade o livro se refere.

A partir de terça-feira, será lido, criticado, apreciado, cumprindo o seu destino de livro: de ser fonte de consulta, de deleitar, de enternecer, de revolver lembranças, sonhos que ficaram encantados, em algum cenário do tempo, em nossa memória; de estimular os novos escritores.

As crônicas que ele contem foram escritas com preocupações memorialistas, para serem fontes de pesquisa, agora e no futuro, por representarem aspectos da história social da cidade de São Luís, especialmente, dos últimos quarenta anos do século XX.

Uma história escrita por quem viveu as emoções e testemunhou os fatos que ali estão narrados. E que refletem a família, usos, costumes e tradições culturais, a partir da religião, do saber, do fazer, das águas, do clima, das pessoas que nomeia, das festas populares, das crendices, dos tipos humanos. Enfim, um rico manancial para quem quer melhor sentir, conhecer e amar a cidade, aos 395 anos de sua fundação.

Impresso na excelente Gráfica Minerva, sob os cuidados técnicos e competentes de seu proprietário Antônio Carlos, e de sua equipe de colaboradores, posso afirmar que ficou muito bonito, com suas 248 páginas, com capa de fosca plastificação, com detalhes em brilho, em sua capa e contracapa.

Tenho certeza que meus amigos leitores vão-se encontrar, por inteiro, nas páginas das crônicas que ali estão expostas; talvez vendo seus nomes citados, em uma ou outra; vendo seus amigos, seus irmãos; sentindo a ambiência das ruas em que transitavam e transitam, das festas em que foram personagens e ajudaram a escrever suas horas.

A partir do lançamento, ele estará em livrarias e em muitos outros pontos de venda, na cidade. Não será distribuído nacionalmente. Mas será vendido pela internet, por mala direta também. Amar a cidade é documentá-la para as gerações futuras. É preciso amar a cidade.

(Crônica publicada no jornal O Estado do Maranhão, Caderno Alternativo, Coluna: Hoje é dia de…, em 07/10/2007).

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