Notas na mão, cidadãos! O Estado precisa!

Ainda se encontra muito viva, na memória de todos os esportistas do Maranhão, a lembrança de um dos mais populares programas do governo de Roseana, denominado Nota na Mão. Através dele, o cidadão participava, com entusiasmo, do esforço de arrecadação do Estado, exigindo a Nota Fiscal de suas compras, no comércio.

Em contrapartida, essas Notas Fiscais eram trocadas por ingressos de acesso ao estádio Castelão, nos jogos dos campeonatos maranhenses, o que possibilitou algumas dezenas de jogos com estádio lotado, torcedores mais felizes e reforço financeiro no caixa dos clubes, por um lado.

Por outro lado, aumentou significativamente a arrecadação estadual que era o outro objetivo do programa Nota na Mão. O próprio nome do programa já sintetizava esse aspecto fiscal de seu conteúdo, a partir do exercício responsável desse aspecto da cidadania que é a fiscalização, inerente a todo cidadão enquanto consumidor e contribuinte, evitando a sonegação tributária.

Nunca o estádio Castelão, em jogos estaduais, foi tão freqüentado, tão lotado, como nos anos em que esse programa de governo foi executado. Com suas acomodações em perfeito estado de conservação, com sua estrutura física intacta, o estádio e o nosso futebol viveram dias de glória especial, com a presença de famílias, de torcidas organizadas que proliferaram, de comércio informal, que se multiplicou em torno e dentro do estádio; com mais ampla transmissão de rádios de televisões.

Foram tempos exemplares para o nosso futebol, sob o aspecto de presença de público, de gente no estádio, de torcidas que davam vida, cores e sons a todos os jogos que ali se realizaram, sob a égide desse programa que teve uma felicíssima concepção.

Estádio lotado sem qualquer custo adicional aos torcedores, ao público que o lotava; sem pagamento de ingressos, porque os ingressos tinham sido obtidos pela simples troca de Notas Fiscais, das compras que cidadãos realizávamos no comércio, como um todo. Esse foi o maior mérito do programa. Estimular o aumento da arrecadação, através do combate à sonegação fiscal, ao mesmo tempo em que estimular o desenvolvimento do nosso futebol, através da presença do público nos jogos, e do apoio financeiro aos clubes.

Hoje, quem passa pelo estádio Castelão, abandonado há quase dez anos, por estar com parte de sua estrutura física comprometida, sente uma tristeza profunda com a perspectiva de seu futuro de abandonado, com o vazio e o silêncio de lembranças que vivem ali, gritando, pedindo, querendo atenção, cuidado, socorro, que certamente não virão, também, no próximo ano.

Bons tempos, aqueles! Centenas de pessoas, amantes do futebol, fieis torcedoras de nossos principais times, já exclamaram esta frase, em algum momento, nestes últimos anos, em nosso Estado, vendo o abandono e o descaso com o nosso futebol e com a nossa principal praça esportiva que é o Castelão.

Bons tempos, aqueles! Sim, com estádio cheio, sem pagar ingressos e, algumas vezes, com a carismática presença da Governadora Roseana, vibrando, torcendo, compartilhando com o povo seu charme, sua simpatia,  suas alegrias e esperanças.

Nossos principais clubes, Moto, Maranhão, Sampaio, Imperatriz, já foram e continuarão sendo prejudicados com a interdição do estádio. Ainda o serão, por mais algum tempo, até que as obras do estádio, já determinadas pela governadora Roseana, sejam realizadas; como resultado do trabalho comprometido, com entusiasmo e obstinação, do atual secretário de Estado de Esporte e Lazer, o querido amigo Joaquim Haickel. 

Tomara que o rigoroso inverno deste ano, não tenha agravado, de forma comprometedora, a parte de sua estrutura física  que está danificada e que motivou a interdição pelo CREA e a Defesa Civil. E que ele continue a resistir a todo o descaso a que foi condenado por omissão, e volte a viver seus dias plenos de outrora.

Por outro lado, a governadora Roseana instituiu um novo programa “Nota na Mão”, no interesse da arrecadação estadual e do incentivo ao esporte, através do futebol. Para tanto, buscou a motivação dos cidadãos para êxito do programa que já mostrou, em sua versão primitiva, uma grandiosa participação popular. Eles irão incentivar seus clubes e proporcionar, a todos os amantes do futebol, melhores dias de entusiasmo, de participação, de crescimento, orgulhando a todos os maranhenses.

Nossas congratulações a governadora Roseana, ao secretário Joaquim Haickel, a todos os cidadãos maranhenses, torcedores fervorosos  e pacíficos de seus clubes, aos nossos clubes de futebol. Amanhã será outro dia. Amar a cidade é crer no amanhã. É preciso amar a cidade.
 
ivansarney@uol.com.br

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