Programa leva a escolas conscientização sobre diabetes infantil

diabetes-infantil-300x233Boa notícia. De acordo com a Federação Internacional do Diabetes, existem hoje 12 milhões de diabéticos no Brasil e 5 mil novos casos são diagnosticados por ano. Visando atender à demanda, foi lançado nesta terça-feira (5), em São Paulo, um programa voltado à conscientização do diabetes no ambiente escolar. 

Ao todo, 15 escolas públicas e privadas – 13 no estado de São Paulo e duas no Ceará, contabilizando 15 mil estudantes – participarão da fase inicial do projeto internacional Kids ‘Crianças e o Diabetes nas Escolas’.

O programa é uma parceria entre a Associação de Jovens Diabéticos (ADJ Diabetes Brasil), a Federação Internacional do Diabetes e a empresa farmacêutica Sanofi, e conta com o apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Diabetes e de Pediatria.

Intervenção

O projeto conta com intervenções dentro do ambiente escolar. As crianças e adolescentes de 6 a 14 anos vão receber um kit lúdico explicativo, assistir a palestras, debates, entre outras ações.

Os professores também serão treinados para reconhecer e orientar melhor os alunos sobre a doença. Essa fase inicial ocorre até dezembro. Mais 42 instituições estão inscritas para participar da próxima etapa.

Panorama mundial

Estima-se que, dos pacientes diabéticos, as crianças respondam por 5% a 10%. A incidência do diabetes tipo 2 é mais comum em adultos e do tipo 1 é maior entre crianças e adolescentes.

David Chaney, representante da Federação Internacional de Diabetes, destaca que a doença já é uma epidemia global. Segundo ele, existem atualmente 382 milhões de diabéticos em todo o mundo. A previsão é que, até 2035, esse número suba para 596 milhões.

Aproximadamente 79 mil crianças são diagnosticas por ano em todo o mundo, informou David. Ele avalia que o público infantil sofre ainda mais com a ignorância em relação ao diabetes. “As crianças acabam sofrendo de estigma e isolamento, não participam das atividades [escolares]. Temos que prevenir essa discriminação, já que as crianças deveriam fazer todas as atividades”, disse ele.

Ação nas escolas

Walter Menicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, disse que o desconhecimento sobre o assunto ainda é grande. Muitos pais encontram dificuldades para matricular os filhos diabéticos nas escolas. 

Lisandra Paes, coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Derville Allegretti, que foi a primeira a implantar esse projeto piloto, conta que as ações foram satisfatórias na instituição. “O resultado para o aluno diabético é imenso, porque quando o professor sabe reconhecer que ele está com sintoma de hipoglicemia, por exemplo, pode ser socorrido”, finaliza.

Transcrito do Portal Brasil

Fonte: Empresa Brasil de Comunicação 

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